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Clareamento dental

  • Dra Thaiany
  • 15 de fev. de 2016
  • 5 min de leitura

A busca pela estética perfeita, ou quase perfeita, é inquestionável no mundo de hoje. Ainda mais com o surgimento da internet e redes sociais que divulgam esse novo conceito de vida: mais saudável e mais bonito. O clareamento dental enquadra-se perfeitamente, e por isso está sendo amplamente usado, pois é minimamente invasivo, ou seja, ocorre a preservação dos tecidos sadios da estrutura dental, e é bastante eficaz no seu propósito.


As alterações de cor dos dentes podem ocorrer de forma extrínseca ou intrínseca. Este último pode ser congênitas ou adquiridas. O primeiro, são os mais frequentes, pois envolve os hábitos alimentares -consumo de alimentos e bebidas com corantes artificiais ou naturais- e o fumo. Já, o segundo, apresenta uma ordem de descoloração estrutural em que o tratamento pode ir além de um simples clareamento dental. Somente o CD (cirurgião-dentista) poderá diagnosticar.


O agente clareador utilizado para a técnica caseira, com moldeira, é o peróxido de carbamida entre 10% a 22%. Já par a técnica do consultório utiliza-se o peróxido de hidrogênio entre 30% e 40%. A primeira técnica foi sugerida pelo Haywood e Heymann em 1989, utiliza-se baixas concentrações de peróxido e é considerada bastante segura e eficaz, porém para conseguir atingir o resultado esperado é necessário maior tempo de uso, em média 2 a 3 semanas. (AYRES, 2012)


Por sua vez, a segunda técnica realizada diretamente no consultório usa maiores concentrações de peróxido, o que garante menos tempo de tratamento, duas ou mais sessões, com a mesma eficácia, porém apresentando maior custo. Contudo, por mais que seja mais rápido, ele apresenta bastante irritabilidade ao entrar em contato com tecidos moles, por isso deve ser sempre manuseado apenas pelo o profissional habilitado, além disso, pode provocar maiores sensibilidades e dores para aquelas pessoas que já apresentavam, antes do tratamento, a sensibilidade dental elevada. Sendo o CD capaz de escolher um tratamento adequado para portadores de sensibilidades dentais elevadas.


O profissional, para cada caso escolhe a melhor técnica para obter o resultado esperado. Muitas vezes existe a necessidade de realizar uma associação nas técnicas clareadoras. E, para isso o profissional realiza, primeiramente, a técnica do consultório e, depois, a técnica caseira.


Algumas pessoas assustam com a ideia de associar as duas técnicas alegando que o uso de peróxidos, em diferentes tipos e concentrações, pode afetar a estrutura dental, tornando o mais fraco.


Um estudo realizado por Ayres (2012) usa-se desse argumento dos pacientes para realizar uma pesquisa a respeito da associação dos agentes clareadores de diferentes tipos e porcentagens. Neste estudo avaliou-se a microdureza do esmalte dental antes e após o clareamento com peróxido de carbamida a 16% e hidrogênio a 35 ou 37,5% e a associação dos produtos/técnicas. O resultado apresentado foi que essa associação de peróxidos não reduz a microdureza do esmalte devido ao possível aumento da perda mineral induzido pelos géis clareadores. Sendo considerado a perda mineral como pouco significante para a estrutura dental.


O uso indiscriminado, ou seja, sem orientação de um profissional dentista poderia afetar negativamente os tecidos duros e moles da cavidade bucal, provocando alterações morfológicas nos tecidos duros dentais como poros, erosões, aumento na rugosidade superficial, alterações minerais, diminuição da microdureza (AMARAL, 2010). Por isso que, hoje, está proibida a venda indiscriminada do agente clareador em farmácias ou lojas de produtos odontológicos para não profissionais da área.


Para aquelas pessoas que ainda acham que realizar o tratamento clareador nos dentes podem trazer malefícios a estrutura dental, se for realizado por um cirurgião-dentista e seguindo os protocolos clínicos nenhum dano irreversível e severo à estrutura dental é causado.


Segundo Amaral e colaboradores (2010), foi realizado um estudo a partir dá ideia de que a utilização de pastas de dentes (dentifrícios), escovação dental, associado ao procedimento clareador poderia levar em um maior desgaste dental, até uma abrasão significativa. A partir de testes com dentes bovinos, observou- se que quando utilizado uma pasta dental contendo cálcio e 1450 ppm de flúor, ao escovar os dentes, ocorre um aumento de 5, 47% de microdureza do esmalte, ocasionando, portanto, uma remineralização deste substrato, após o clareamento.


Dessa maneira, quando se faz o clareamento dental é importante utilizar pastas de dentes adequadas ao tratamento, sendo de fácil acesso a todos. Farmácias e supermercados apresentam esses produtos.

A dica que sempre dou aos meus familiares e colegas: leia sempre o rótulo da pasta ao comprar, quanto mais simples, branca e contendo cálcio e 1450 ppm de flúor é o melhor para o dia a dia.

Agora, entende como o agente clareador reage na estrutura dental: O procedimento é representado por uma reversão química do escurecimento dentário, ocorrendo graças à permeabilidade do esmalte e da dentina e exige o íntimo contato entre agente clareador e os tecidos dentais mineralizados, para que o peróxido de hidrogênio percorra os poros e periferia dos cristais presente no esmalte e na dentina, os túbulos dentinários (SILVA, 2012).

Dessa maneira, o peróxido é convertido em radicais livres, estes, por sua vez, quebram moléculas carbônicas de alto peso molecular – que são as causadoras da pigmentação dental- formando radicais hidroxilas, convertendo as moléculas pigmentadas em moléculas menores, e consequentemente mais claras. (MAIA. 2010)


Espero que com essa pesquisa a respeito do clareamento tenha esclarecido as suas dúvidas.


Se você ainda não se sentiu satisfeito ou confiante para realizar o procedimento, entre no meu canal no Youtube chamado De Boca Aberta que lá falo sobre mitos e verdades do clareamento.


Muito obrigada pela atenção. Toda Segunda as 10 a.m terá vídeo novo e post novo aqui no blog. Então fique ligadinho!!


Bju bjus

REFERÊNCIAS:

AYRES, Ana Paula Almeida et al. Avaliação da microdureza do esmalte dental bovino após técnicas de clareamento caseiro, de consultório e a associação das técnicas com agentes de baixa e alta concentração de peróxidos. RPG Rev Pós Grad;19(4):147-52. 2012. Acessado em 10 de fevereiro de 2016. Disponível em < http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rpg/v19n4/a02v19n4.pdf>

AMARAL, Palmira Gomes et al. Influência da Presença do Cálcio em Agentes Clareadores e sua Relação com a Microdureza do Esmalte Dental Humano. R bras ci Saúde 14(2):37-44, 2010. Acessado em 10 de fevereiro de 2016. Disponível em < http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/viewFile/9122/5303>

SILVA, Flávia M. M.; NACANO, Liliam G.; GAVA PIZI, Eliane C.; Avaliação Clínica de Dois Sistemas de Clareamento Dental. Rev Odontol Bras Central;21(56),2012. Acessado em 10 de fevereiro de 2016. Disponível em < http://files.bvs.br/upload/S/0104-7914/2012/v21n57/a3156.pdf>

NASCIMENTO, Laura A. Machado; ROMANO, Juliana J. Faraoni; SERRA, Mônica C.; Influência de dentifrícios com diferentes formulações no desgaste do esmalte dental clareado. Robrac, 18 (47) 2009. Acessado em 10 de fevereiro de 2016. Disponível em < http://files.bvs.br/upload/S/0104-7914/2010/v18n47/a0001.pdf>

MAIA, Anny Caroline Lopes; CATÃO, Maria Helena Chaves Vasconcelos. Clareamento Dental Laser (470 nm) e Led com Peróxido de Hidrogênio. R bras ci Saúde 14(1):99-108, 2010. Acessado em 10 de fevereiro de 2016. Disponível em < http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/viewFile/6778/4740>

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