Orientação para Grávidas: alimentação.
- Dra Thaiany
- 7 de abr. de 2016
- 4 min de leitura

Durante o período gestacional alguns comportamentos fisiológicos mudam, como por exemplo o aumento da produção salivar e também o aparecimento de gengivite – inflamação gengival, caracterizada por sangramento ao passar fio dental ou escovar os dentes e vermelhidão da gengiva.
Segundo Martins e colaboradores (2013) com o fluxo salivar em excesso pode provocar náusea e vômito, e se persistir até o final da gestação pode levar a um déficit da capacidade tampão da saliva, ou seja, regulação do pH da cavidade bucal. Dessa maneira, a capacidade de maturação dentinários- processo remineralização e desmineralização- também será afetado e poderá aumentar a quantidade de patógenos cariogênicos na cavidade bucal até o surgimento da cárie dental. E, quando não diagnosticado precocemente, a perda do elemento dental.
Os vômitos frequentes levam a acidez estomacal para a cavidade bucal, diminuindo pH bucal e aumentando chances de inflamações bacterianas.
As alterações hormonais do nível de progesterona e estrógeno durante a gestação exacerbam a resposta inflamatória ao biofilme. Por isso que o biofilme produzido e depositado, ao longo do dia, na face dental inicia mais facilmente uma inflamação gengival, identificada como gengivite. Se não for tratada precocemente pode agravar a inflamação evoluindo para uma doença periodontal. (MARINS, 2013)
Para aqueles que não saibam ainda o que é biofilme. São produtos de restos alimentares, substâncias bactericidas e salivares que acumulam nos dentes. Sua remoção é realizada pela escovação dental. Contudo não se torna mais eficiente a higienização em casa quando evoluído a doença, necessitando de limpeza por um profissional dentista.
O autor Martins e colaboradores (2013) ressalva, ainda, que estar grávida não contraindica o tratamento odontológico. Todo procedimento pode ser realizado, preferencialmente no segundo trimestre gestacional. Em caráter de urgência, as intervenções para alivio de dor e focos de infecção são indispensáveis e necessários para não afetar a saúde da mãe e, por conseguinte a do feto.
A partir de tudo, observa-se que a dieta alimentar durante a gestação pode contribuir para uma saúde bucal. Carboidratos, alimentos ácidos, como refrigerantes, e doces devem estar diminuídos ou eliminados do cardápio diário, pois sua ingestão aumentam as chances de acúmulo de biofilme e o aparecimento de doenças periodontais.
Além disso uma dieta equilibrada e acompanhada por um profissional garante que a grávida obtenha todas as vitaminas e nutrientes necessários para a saúde da mãe e do feto. Isso beneficia a evolução da gravides e ajuda no trabalho de parto.
Segue a lista de dos tipos de alimentos que as grávidas devem ingerir:
Construtores: proteínas, leite e seus derivados, carne, ovos, feijão, peixe e cereais. Atuam na formação do corpo e no crescimento do bebe, além de aumentar as reservas energéticas da mamãe.
Reguladores: vitaminas e sais minerais, verduras, legumes e frutas. Regulam as funções do organismo e contribui para a formação da pele.
Energéticos: lipídios e carboidratos que transformam se em glicose. Açucares lentos, encontrados nos cereais, feijão, lentilha, ervilha e batata cozida. Eles apresentam efeitos duradouros e provem de vitamina B, proteínas e fibras. Além disso, ajudam na diminuição de náuseas e constipações da gestante.
O quadro a baixo ensinará a você tudo que deve saber sobre as vitaminas e os nutrientes.

Então, sabe se que o cálcio prove da alimentação, e quando inadequada poderá afetar no desenvolvimento e maturação óssea do feto. Uma vez que, o cálcio dos dentes da mãe passa para os futuros dentes do feto. O cálcio será repassado pelo reservatório de cálcio contido nos ossos da mãe.
E, como as estruturas bucais do feto começam a ser formada nas primeiras semanas (5° e 6°) de gestação é importante logo após da descoberta da gravidez procurar um profissional e buscar uma dieta capaz de suprir todas as necessidades.
A higiene dental será fundamental para garantir uma saúde por completo da mãe e do feto. Assim o uso de escova dental macia ou extra macia, pasta de dentes contendo 1450 ppm de flúor e cálcio, uso de antissépticos bucais no intervalo do dia e visitas periódicas ao dentista são indispensáveis. Não esquecendo de passar o fio dental uma vez ao dia, preferencialmente antes de dormir.
Deve-se lembrar que a corrente sanguínea está em íntima comunicação com a cavidade bucal, e, portanto, bactérias altamente patógenas quando inseridas em um processo inflamatório podem facilmente irem para a corrente sanguínea. Como por exemplo em casos de endocardite bacteriana em que ocorre acúmulo de bactérias no coração em indivíduos que apresentam condições cardíacas facilitadoras.
No próximo post sobre a “ a saga da mãe” vamos falar sobre as doenças que podem ser iniciadas na cavidade bucal quando não são devidamente tratados.
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Um grande beijo, e até quinta que vem!
REFERÊNCIAS:
MARTINS, Débora Prado et al. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, 13(3):273-78, jul./set., 2013. Acessado em 20 de fevereiro de 2016. Disponível em <file:///C:/Users/Thaiany/Desktop/1624-6237-1-PB.pdf>
CORRÊA, Maria Salete Nahás Pires; DISSENHA, Rosangela Maria Sehmill; WFFORT, Soo Young Kim. Editora Santos. 2° Edição.
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