Diastema Dental
- Dra Thaiany
- 18 de jul. de 2016
- 3 min de leitura
Diastema é o espaço, ou ausência de contato, entre dois ou mais dentes adjacentes. São mais frequentes na região anterior da maxila, apesar de poderem ser observados em qualquer região. (imagem 1)
Imagem 1
Fonte: http://www.brooksidedental.com/blog/a-beautiful-smile-after-cosmetic-dental-diastema-closure/
Deve ser entendido que diastema é um problema de má oclusal. Ou seja, está incluso no grupo de desvios dentários dos maxilares superiores e inferiores do alinhamento normal, o que pode levar a alterações estéticas.
Entenda que alterações estéticas podem levar a uma interação negativa do indivíduo a vida. Principalmente na fase de adolescência já que os amigos influenciam diretamente no comportamento e valores dentro de um importante período de formação da autoestima.
Atualmente o diastema interincisicos (entre os dentes da frente) centrais superiores são vistos como um fator antiestético sando altamente prejudicial no ponto de vista social.
Para que não haja prejuízo social o diagnóstico deve ser realizado mais breve o possível. As causas podem ser muitas como:
Microdontia (dentes mais pequenos que o padrão)
Agenesias dos incisivos laterais superiores (ausência de dentes)
Hábitos parafunsionais como a sucção (chupetas e dedo) e o bruxismo
Dentes supranumerados irrompidos ou intraósseo (quantidade de dentes além do normal e em posições indesejáveis)
Hereditariedade
Freio labial hipertrófico (o mais comum)
Importante ressaltar que na dentadura decídua aproximadamente 77% das crianças apresentam espaços dentários, o que nós, dentistas, classificamos como arco tipo 1 de Baume (significa que há espaços para erupção dos dentes permanentes como o dobro de chance de ter maior alinhamento dos dentes). Há também espaços interdentais durante a troca dos elementos decíduos (dentes de leite) com os dentes permanentes. Chamamos essa fase de trocas de dentes de fase do “patinho feio”. Nesses casos é totalmente normal o diastema temporário. Porém, se mesmo após a completa erupção dos elementos ainda haver diastemas deve ser levado o paciente ao dentista para uma avaliação cuidadosa.
Para cada causa existe um tipo de tratamento que deve ser realizado para melhor atender as necessidades do paciente. Pode ser realizado desde um tratamento estético com a resina e próteses dentárias unitárias ou até mesmo cirurgias periodontais. Dessa maneira, não tenho como explicar os tipos de tratamento para cada caso por aqui. Mas se você quiser ajuda entre em contato comigo por aqui ou pelo meu e-mail estou a disposição.
O caso mais comum como citei a cima são os casos de feio labial hipertróficos. E para que vocês possam entender as fotos a baixo exemplificam o caso.E para o tratamento desse diastema é necessário a realização de uma técnica cirúrgica chamada de frenectomia. E para aqueles que não tem problemas de ver a cirurgia o vídeo da cirurgia estará aqui:
Lembrando que a cirurgia é simples porém deve ser realizado por um profissional dentista especializado ou atualizado em cirurgias periodontais ou um cirurgião buco-maxilo facial. Dessa maneira, o tratamento terá o melhor prognóstico possível dentro dos limites de cada paciente.
Um planejamento considerando aspectos periodontais e ortodônticos é importante no tratamento dos diastemas dentários. Dessa forma, retornos periódicos e cuidados pós-operatórios favorecerão melhores resultados estéticos e funcionais em longo prazo.
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Referências:
ALMEIDA, R. R. et al,.Diastema interincisivos centrais superiores: quando e como intervir?. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. Maringá, v. 9, n. 3, p. 137-156, maio/jun. 2004.
SOUZA, A.V. et al,. Frenectomia labial maxilar: revisão bibliográfica e relato de caso Maxillary labial frenectomy: literature review and case report. Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo. 2015; 27(1): 82-90, jan-abr
CUNHA, L. F., MONDELLI, J., FURUSE, A. Y. Planejamento e considerações pré e pós-operatórias no fechamento de diastemas. Rev. bras. odontol. Rio de Janeiro, v. 68, n. 1, p. 12-5, jan./jun. 2011
ANDREIUOLO, R., et al. Fechamento de diastema com coroas de alumina densamente sinterizadas. Rev. bras. odontol.
Rio de Janeiro, v. 68, n. 1, p. 81-4, jan./jun. 2011
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